quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Os 7 segredos do sucesso

Mensagem


1. Não há segredos. Somente o trabalho duro dará resultados.
2. Tão logo surge um segredo, todos conhecem imediatamente
3. Nada mais importante do que um fluxo de caixa positivo.
4. Se você ensina uma pessoa a trabalhar para outras, você a alimenta por um ano mas, se você a estimula a ser empreendedor(a), você a alimenta, e a outras, durante toda a vida.
5. Não deixe o caixa ficar negativo.
6. O Empreendedorismo, antes de ser técnico ou financeiro, é, fundamentalmente, um processo humano.
7. A felicidade é um fluxo de caixa positivo.

domingo, 5 de abril de 2009

Superação: uma receita para as grandes vitórias da medicina - Jorge Carlos Machado Curi, presidente da Associação Paulista de Medicina

O esporte é pródigo em deixar lições de como o sentimento de superação é importante para viradas pessoais e coletivas históricas, para vitórias memoráveis. Em 2008, por exemplo, Maurren Maggi deu o salto mais espetacular de sua vida, conquistando a medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim. Naquele instante, a cada metro que vencia deixava para trás momentos doloridos, como o afastamento das pistas, em 2003, em virtude de um ruidoso caso de acusação de doping. Felizmente, ela teve força, superou-se, voltou e mostrou que é uma vencedora.

Algo semelhante ocorre, agora, com o fenômeno, Ronaldo. Em virtude de uma sequência de lesões, ficou afastado dos gramados, de novo, por mais de um ano. Foi dado como acabado, virou motivo de chacota e poucos, pouquíssimos, deram-lhe o crédito que sua história fazia por merecer. Sem problemas, o importante é que ele continuou acreditando em si. Superou a dor, a contusão, alguns escândalos, as críticas e a péssima forma. Retornou, marcando gols e se firmando como a maior sensação do futebol jogado hoje, dentro do Brasil. Um exemplo para todos; e reconhecido mundialmente.

Penso que é esse sentimento, de superação, que deve nortear o movimento médico, todos os dias, especialmente nesse promissor 2009. Atualmente, estamos envolvidos num relevante processo pela valorização profissional no Sistema Único de Saúde (SUS), que, aliás, acaba de completar 20 anos. A Associação Paulista de Medicina, a Associação Médica Brasileira, demais entidades nacionais, estaduais e regionais, além das sociedades de especialidade, exigem dignidade para o exercício da medicina. Isso passa por uma série de reivindicações que, certamente, se transformarão em realidade, se cada um de nós tiver a gana e a vontade que fazem os sonhos mais difíceis se concretizarem.

Queremos a inclusão da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) no SUS, lutamos por plano de carreira para o médico, por piso salarial, por melhores condições para a prática diária e por uma política de estado para a educação médica continuada. A APM, como sempre, removerá montanhas, se necessário, para atingirmos tais metas. Já começamos a fazer gestões junto a todas as regionais e às especialidades médicas de São Paulo para um forte movimento de consenso, com ações diversas e frequentes.

É hora de pressionar governantes e autoridades a resolver os problemas de gestão, a aumentar os investimentos em saúde e a administrar, com racionalidade, esse precioso bem público, que é a saúde. Só com recursos e gestão adequada, faremos as mudanças que o setor necessita para viabilizar uma política de recursos humanos à altura da importância do trabalho do médico e para garantir excelência na assistência, o que é um direito do cidadão. Enfim, essa é a hora da superação; nossa atuação será fundamental.

Jorge Carlos Machado Curi, presidente da Associação Paulista de Medicina

domingo, 29 de março de 2009

Estudo sugere forma de controlar aversão à perda

RICARDO BONALUME NETO
da Folha de S.Paulo

O ser humano é um mau perdedor nato, que tende a dar mais peso a uma derrota do que a uma vitória. Mas uma pesquisa combinando psicologia com economia comportamental mostrou que é possível regular essa "aversão à perda". O truque é tentar agir como se você fosse um operador da Bolsa ou um jogador profissional.

O conceito de "aversão à perda" foi proposto em 1979 pelos psicólogos Amos Tversky e Daniel Kahneman. Trata-se da preferência das pessoas a evitar perdas do que obter ganhos. O israelense Kahneman ganhou o Nobel de Economia de 2002 pelos seus trabalhos na área.

A aversão à perda é uma questão de percepção. Por exemplo, uma decisão poderá levar à perda de R$ 300,00. Há duas escolhas de investimento para diminuir o prejuízo. No primeiro caso, você perde R$ 150,00; no segundo, você não perde nada com 1/3 de probabilidade ou perde tudo com 2/3 de probabilidade. A maioria das pessoas escolhe a segunda opção, pois a certeza de perder R$ 150,00 é considerada pior do que a chance provável de perder todo o dinheiro.

"Nós podemos mudar a maneira como decidimos, e embora ainda possamos ser sensíveis a perdas, nós podemos nos tornar menos sensíveis", concluíram os autores do novo estudo, liderado pela psicóloga Elizabeth A. Phelps, da Universidade de Nova York, e publicado na revista "PNAS".

Phelps e colegas lembram que a emoção desempenha um papel no processo de tomada de decisões. Por exemplo, um estudo sobe consumo de bebidas mostrou que a apresentação subliminar de carinhas sorridentes alterou a avaliação das pessoas sobre as bebidas, mas também a quantidade que elas ingeriam e mesmo o total de dinheiro que elas estavam dispostas a pagar pelo drinque.

O grupo de Phelps usou voluntários num experimento no qual os participantes tinham que fazer escolhas monetárias entre uma aposta binária -com chance de ganho ou perda- e um valor garantido. Eles recebiam no começo US$ 30,00 e tinham que tomar decisões de investimento que poderiam ou fazê-los perder todo o dinheiro, ou chegar a ganhar até US$ 572,00. Em parte dos experimentos eles tiveram a condutividade elétrica da pele medida, indicando atividade do sistema nervoso como prova de excitação emotiva.

Os voluntários foram instruídos a usar duas estratégias. Eles deviam enfatizar cada escolha "como se fosse a única"; e depois foram instruídos a usar uma estratégia de regulação, enfatizando as escolhas como parte de um contexto maior.

No primeiro caso, entre 30 participantes, 14 demonstraram aversão à perda, 9 procuravam ganhos, e 7 tiveram um comportamento neutro. A condutividade da pele era maior no caso das perdas.

Mas, ao começarem a agir como investidores reais, colocando as perdas em um contexto de um portfólio de investimentos, a aversão à perda diminuiu em 26 dos 30 participantes.

A "aversão a perdas" não seria um mero fenômeno cultural, mas teria uma base neurobiológica. Um estudo em 2005 demonstrou que não só os macacos-prego entendiam o conceito de comércio como demonstravam a aversão.

"Nós demonstramos que a teoria-padrão dos preços faz um bom trabalho em descrever o comportamento de compra dos macacos-prego", escreveram então os pesquisadores liderados por M. Keith Chen, da Universidade Yale. Mas os macacos foram ainda mais "humanos" quando tinham de enfrentar uma situação de aposta. Reagiram demonstrando aversão a perder. "Esses resultados sugerem que a aversão à perda se estende além do ser humano e pode ser inata", dizem eles.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Livro "Startup" conta trajetórias de sucesso em tecnologia




Jessica Livingston, autora do livro de "Startup", que é radicado em entrevistas

DANIELA ARRAIS
da Folha de S.Paulo

Sem ter dinheiro nem experiência, o engenheiro Steve Wozniak deu suas maiores contribuições a Apple -foi ele quem projetou o Apple II, computador pioneiro que ajudou a popularizar os desktops.

Era 1976 quando, em companhia de Steve Jobs, ele fundou a Apple. Quem conta o início da trajetória de umas das empresas de tecnologia mais importantes do mundo é o próprio Wozniak, em depoimento a Jessica Livingston, autora de "Startup" (Agir Negócios, 288 págs., R$ 44,90).
Divulgação

O livro, baseado em entrevistas, traz versões de como nasceram empresas como Google, Yahoo!, Mozilla, entre outras. Confira entrevista concedida pela autora à Folha.

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Folha - Quanto tempo você levou para produzir o livro?

Jessica Livingston - Cerca de um ano e meio. Ele me tomou um bom tempo porque eu fiz um intenso trabalho de pesquisa antes de começar as entrevistas. Ao mesmo tempo em que eu estava trabalhando no livro, nós estávamos começando a Y Combinator [empresa que fornece investimentos para iniciantes], então minhas mãos estavam cheias. Fizemos a Y Combinator tão rapidamente e fizemos tantas coisas novas que eu achava que eu mesma estava trabalhando em uma start-up!

Folha - Que história chamou mais sua atenção?

Jessica - Isso é difícil de responder, já que cada capítulo tem histórias interessantes e úteis. Mas suponho que a de Steve Wozniak me surpreenda como a que mais se sobressai. É um homem intenso e seu trabalho teve grande impacto. Quando o entrevistei, senti que estava transcrevendo a história.

Folha - Quais são os desafios que você percebe que jovens empresários enfrentam no dia-a-dia?

Jessica - Novos empresários de tecnologia enfrentam os mesmo desafios que todos os empresários de tecnologia: problemas técnicos difíceis, levantar dinheiro, ameaças competitivas, e por aí vai. Alguns desses problemas são mais difíceis para jovens, como conseguir dinheiro. Mas alguns podem ser mais fáceis, como ter novas ideias, porque eles veem problemas com os olhos frescos.

Folha - O que se deve fazer para atrair a atenção de investidores?

Jessica - A melhor maneira de atrair a atenção de investidores é atrair a atenção de usuários. Se você faz algo de que usuários gostam, investidores notam.

Folha - Você fez entrevistas com pessoas de perfis bem diferentes. Você acha que a paixão é o que os move a alcançar seus objetivos?

Jessica - A maioria tem um mix de motivos: para provar para si mesmo que podem, para fazer dinheiro, para mudar o mundo e, surpreendentemente, para compartilhar curiosidade. Muitas start-ups surgiram porque seus fundadores pensaram se eles conseguiriam resolver um problema que tinham.

Folha - Que conselho você dá a quem quer desenvolver uma ideia?

Jessica - Eu diria a eles para prestarem atenção aos usuários. Você não pode construir uma companhia de sucesso sem fazer algo que faça a vida dos usuários significativamente melhor. Olhe ao redor e pergunte: "O que eu posso fazer que ainda não existe, mas faria a vida das pessoas melhor?"